martes, 16 de marzo de 2010

Recetas - Directorio Web LinKaLo.es

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MANUSCRITOS DO MAR MORTO
ARQUEOLOGIA, TEOLOGIA, HISTÓRIA
Manuscritos do Mar Morto
A doutrina que João pregou no deserto já era conhecida dois séculos antes. Alguns judeus
particularmente piedosos (os Hassidim) admitiam estar próximo o fim do mundo, por acreditarem no
que dizia o livro dos Macabeus (I. Mac. 1,2).
Os judeus tiveram sempre pouca sorte com os estrangeiros. Depois do exílio da Babilónia vieram os
Persas. Alexandre venceu-os em 333 a. C. e repartiu o Império. Duzentos anos antes da era cristã os Sírios
conquistaram o poder na Judeia.
Os Hassidim protestaram contra a impiedade do seu tempo. Perseguidos, abandonaram as aldeias e
refugiaram-se no deserto, entre Jerusalém e o Mar Morto, num local chamado Qumram. São os
antepassados dos Essénios. Alguns desses Essénios separaram-se do movimento, cheios de
cepticismo. Deram origem à seita dos Fariseus.
O estudo comparado dos manuscritos do Mar Morto, como ficaram conhecidas as produções
literárias dos Essénios, e do Novo Testamento, estabelece a existência, não de simples coincidência,
mas de uma evidente dependência directa deste, no que toca às palavras, às ideias e às próprias
doutrinas.
Estes manuscritos, descobertos entre 1947 e 1956 foram, na sua maioria, escritos antes da era cristã e
guardados em rolos, dentro de vasilhas de barro. Só alguns foram redigidos depois da morte de
Jesus. São a relíquia religiosa mais importante depois de se ter provado que o "Santo Sudário",
supostamente a mortalha do corpo de Jesus, tinha sido tecido 1300 anos depois da sua morte.
A maior parte dos manuscritos do Mar Morto foram escritos com tinta sobre pele de carneiro. Geza
Vermes, um estudioso bíblico da Universidade inglesa de Oxford, considera ser "Um escândalo
académico que aproximadamente 300 rolos, dos cerca de 1000 que foram descobertos, ainda não
tenham sido revelados".
Muitos destes manuscritos estão guardados em diversas universidades, em Israel, Estados Unidos,
França e Inglaterra.
A língua usada nos manuscritos é o aramaico, uma língua morta. No trabalho de tradução recorre-se
ao computador, que dispensa o manuseio (e a consequente deterioração) das peças originais. As
dificuldades são muitas. Para se formar um rolo é preciso juntar-se grande número de fragmentos,
porque as "folhas" originais estão ressequidas e partidas.
A crescente ansiedade dos estudiosos bíblico relaciona-se com a desejada prova da ligação de Jesus
à Ordem dos Essénios, particularmente depois dos 13 anos, a identificação histórica de Jesus e a
confirmação da dependência do Novo Testamento desses manuscritos. A sua divulgação tem sido
dificultada por razões não exclusivamente técnicas.
O ano originalmente combinado para a divulgação do conteúdo dos manuscritos era 1970. Depois, os
israelitas prometeram a sua publicação para 1997. As justificações para esta demora são
essencialmente três:
Conteúdo espectacular para a fé judaico-cristã, abalando eventualmente as estruturas hierárquicas
religiosas. O escritor americano Edmund Wilson fundamentava esta hipótese referindo a conhecida
tentativa de minimizar a importância dos manuscritos.
Interesse das várias universidades (israelitas, francesas, americanas e inglesas) em monopolizar o
estudo destes documentos.
Dificuldades financeiras.
Bibliografia
Allegro, John - O Mito Cristão e os Manuscritos do Mar Morto, Lxª; Daniélou, Jean - Los Manuscritos
del Mar Muerto y Las Orígenes del Cristianismo, Buenos Aires, 1959; Scholfield, Hugh - A Odisseia dos
Essénios, S. Paulo 1991; Revista Veja, 6 de Setembro de 1989. Mapa:
Revista Veja, 6 de Setembro de 1989.
Estudos recentes comprovam que Sodoma e Gomorra está onde hoje é o Mar morto
"Então o Senhor, da sua parte, fez chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. E Abraão
levantou-se de madrugada, e foi ao lugar onde estivera em pé diante do Senhor; e, contemplando
Sodoma e Gomorra e toda a terra da planície, viu que subia da terra fumaça como a de uma fornalha.
(Gn 19.24, 27-28 )."
Abraão e Ló separam-se.Após sua volta do Egito, Abraão e Ló separaram-se. "E a terra não tinha
capacidade para poderem habitar juntos", conta a Bíblia, "porque seus bens eram muito grandes. Daqui
nasceu uma contenda entre os pastores dos rebanhos de Abraão e os de Ló.
Disse, pois, Abraão a Ló: Peço-te que não haja contendas entre mim e ti, nem entre os meus pastores e
os teus pastores, porque somos irmãos. Eis diante de ti todo o país; rogo-te que te apartes de mim; se
fores para a esquerda, eu tomarei a direita; se escolheres a direita, eu irei para a esquerda" (Gn 13.6-9).
Abraão deixou que Ló escolhesse. Despreocupado, como geralmente são os jovens, Ló optou pela
melhor parte, a região do Jordão. Ela era "... toda regada de água" e abençoada por uma exuberante
vegetação tropical, "como o paraíso do Senhor e como o Egito até Segor" (Gn 13.10). Ló vai para Sodoma
Das cadeias de montanhas cobertas de bosques, no coração da Palestina, Ló desceu para leste, entrou
com sua gente e seus rebanhos no vale do Jordão ao sul e, finalmente, levantou suas tendas em Sodoma.
Ao sul do mar Morto havia uma planície fertilíssima, o "Vale de Sidim, onde agora é o mar salgado" (Gn
14.3). A Bíblia enumera cinco cidades nesse vale: Sodoma, Gomorra, Adama, Seboim e Segor (Gn 14.2).
Ela tem notícia também de uma guerra na história dessas cinco cidades: "Naquele tempo sucedeu" que
quatro reis "fizeram guerra contra Bara, rei de Sodoma, e contra Bersa, rei de Gomorra, e contra Senaar,
rei de Adama, e contra Semeber, rei de Seboim, e contra o rei de Bala, isto é, Segor" (Gn 14.2).
Doze anos haviam os reis do vale de Sidim sido tributários do Rei Codorlaomor. No décimo terceiro,
rebelaram-se. Codorlaomor pediu auxílio a três reis que estavam a ele coligados. Uma expedição
punitiva chamaria os rebeldes a razão. Na luta entre os nove reis, Codorlaomor e seus aliados
derrotaram os reis das cinco cidades do vale de Sidim, incendiando e saqueando suas capitais.
Lot encontrava-se entre os prisioneiros dos reis estrangeiros. Foi libertado por seu tio Abraão (Gn 14.12-
16), que, com seus servos, seguiu qual uma sombra o exército dos reis que voltavam para suas terras. De
um esconderijo seguro, observava e estudava tudo atentamente, sem ser notado. Abraão deu tempo ao
tempo. Só perto de Dan, na fronteira norte da palestina, pareceu-lhe que havia chegado a oportunidade
favorável. De repente, sob a proteção de uma noite escura, Abraão atacou com seus servos a retaguarda
do exército e, na confusão que se seguiu, pôde libertar Ló. Só quem não conhece a tática dos beduínos
pode ouvir com ceticismo essa narrativa.
Entre os habitantes dessa região existe até hoje memória dessa expedição. Ela aparece no nome de um
caminho que segue, partindo do lado leste do mar Morto, para o norte, até a velha terra de Moab. Os
nômades da Jordânia conhecem-no muito bem. Entre os naturais chama-se curiosamente "estrada dos
reis". Na Bíblia, nós o encontramos novamente, aqui porém chamado "estrada pública" ou "caminho
ordinário", quando os filhos de Israel queriam passar por Edom a caminho da "Terra Prometida" (Nm
20.17-19). No alvorecer da nossa era, os romanos utilizaram e reconstruíram a "estrada dos reis". Partes
dela pertencem hoje a rede de estradas do novo Estado da Jordânia. Perfeitamente visível de avião, o
velho caminho atravessa a região, assinalado por uma faixa escura.
A destruição de Sodoma e Gomorra
Disse, pois, o Senhor: O clamor de Sodoma e Gomorra aumentou, e o seu pecado agravou-se
extraordinariamente. Fez, pois, o Senhor da parte do Senhor chover sobre Sodoma e Gomorra enxofre e
fogo do céu; e destruiu essas cidades, e todo o país em roda, todos os habitantes da cidade, e toda a
verdura da terra. E a mulher de Ló, tendo olhado para trás, ficou convertida numa estátua de sal. E viu
que se elevavam da terra cinzas inflamadas, como o fumo de uma fornalha (Gn 18.20; 19.24, 26, 28).
A sinistra força dessa narrativa bíblica tem impressionado profundamente os ânimos dos homens em
todos os tempos. Sodoma e Gomorra tornaram-se símbolos de vício e iniquidade e sinônimos de
aniquilação completa. Incessantemente, o terrível e inexplicável acontecimento deve ter inflamado a
fantasia dos homens, como o demonstram numerosos relatos dos tempos passados. Devem ter ocorrido
coisas estranhas e absolutamente inacreditáveis no mar Morto, o mar salgado, onde, de acordo com a
Bíblia, ocorreu a catástrofe.
Segundo uma tradição, durante o cerco de Jerusalém, no ano 70 da nossa era, um general romano, Tito,
condenou alguns escravos a morte.
Submeteu-os a um breve julgamento e mandou encadeá-los todos juntos e jogá-los no mar, próximo ao
monte de Moab. Os condenados, porém, não se afogaram. Repetidamente foram jogados ao mar e
todas as vezes, como cortiças, vinham dar em terra. O inexplicável fenômeno impressionou Tito de tal
modo que ele acabou por perdoar os pobres criminosos.
Flávio Josefo, historiador judeu que viveu os últimos anos da sua vida em Roma, cita repetidamente um
"lago de asfalto". Os gregos falavam com insistência em gases venenosos que se desprenderiam por
toda parte nesse mar, e os árabes diziam que havia muito nenhuma ave conseguia voar até a outra
margem. Segundo eles, ao sobrevoá-lo, as aves se precipitavam subitamente na água, mortas.
Exploração do Mar Morto
Essas e outras histórias tradicionais similares eram bem conhecidas, mas até uns cem anos atrás faltava
todo e qualquer conhecimento preciso sobre o estranho e misterioso mar da Palestina. Nenhum
cientista o tinha visto e explorado ainda. Foram os Estados Unidos que, no ano de 1848, tomaram a
iniciativa, equipando uma expedição para estudar o enigmático mar Morto. Num dia de outono desse
ano, a praia em frente a cidadezinha de Akka, quinze quilômetros ao norte de Haifa, ficou negra de
homens ativamente ocupados numa estranha manobra.
De um navio ancorado ao largo, W. F. Lynch, geólogo e chefe da expedição, havia mandado desembarcar
dois barcos metálicos, que nesse momento estavam sendo cuidadosamente amarrados em carros de
altas rodas. Puxados por uma longa fileira de cavalos, puseram-se a caminho. Ao fim de três semanas e
após dificuldades incríveis, foi terminado o transporte através das terras do sul da Galiléia.
Os barcos foram lançados a água no lago Tiberíades. As medidas de altura tomadas por Lynch no lago de
Genesaré produziram a primeira grande surpresa dessa viagem. A princípio, ele pensou tratar-se de um
erro, mas a verificação confirmou o resultado. A superfície do lago de Genesaré, mundialmente
conhecido pela história de Jesus, ficava duzentos e oito metros abaixo da superfície do Mediterrâneo! A
que altura nasceria o Jordão, que atravessa esse lago?
Dias depois, W. F. Lynch encontrava-se numa alta encosta do nevado Hermon. E entre os restos de
colunas e portais desmantelados surgiu a pequena aldeia de Banias. Árabes conhecedores do terreno
conduziram-no através de um espesso bosque de espirradeiras até uma cova meio encoberta por
calhaus na íngreme encosta calcária do Hermon. Da escuridão dessa cova brotava com força,
gorgolejando, um jorro de água límpida. Era uma das três nascentes do Jordão.
Os árabes chamam ao Jordão Cheri ’at el Kebire, "Grande Rio". Ali estivera o antigo Paníon, ali Herodes
construíra um templo de Pã em honra de Augusto. Junto a gruta do Jordão, havia uns nichos em forma
de concha. Ainda se pode ler ali claramente a inscrição grega: "Sacerdote de Pã". No tempo de Jesus
Cristo, o deus grego dos pastores era venerado junto as fontes do Jordão. O deus com pés de cabra
levava aos lábios a flauta, como se quisesse modular uma canção para acompanhar o Jordão em sua
longa viagem. A cinco quilômetros daquela fonte, para os lados do oeste, ficava a bíblica Dan, o sítio
mais setentrional do país, repetidamente citada na Bíblia. Também ali, na encosta sul do Hermon,
brotava uma nascente de águas claras. Uma terceira fonte desce de um vale situado mais acima. O
fundo do vale fica pouco acima de Dan, quinhentos metros acima do nível do mar.
Onde o Jordão atinge o pequeno lago Huleh, vinte quilômetros ao sul, o leito já baixou até dois metros
acima do nível do mar. Depois o rio se precipita abruptamente por um espaço de pouco mais de dez
quilômetros até o lago de Genesaré. Em seu curso, das vertentes do Hermon até esse local, num trecho
de quarenta quilômetros apenas, desceu setecentos metros.
Do lago Tiberíades, os membros da expedição americana desceram o Jordão em dois barcos de metal,
percorrendo seus intermináveis meandros.
Gradualmente a vegetação ia-se tornando mais esparsa. Só nas margens do rio ainda havia moitas
espessas. Sob o sol tropical, surgiu a direita um oásis - Jericó. Pouco depois chegaram ao seu destino.
Entre penhascos talhados quase a prumo, estendia-se a sua frente a vasta superfície do mar Morto.
A primeira coisa que fizeram foi tomar um banho. Os homens que saltaram na água tiveram a impressão
de que vestiam salva-vidas, tal a maneira como foram impelidos para cima. As antigas narrativas não
haviam, pois, mentido. Naquele mar, ninguém podia se afogar. O sol escaldante secou a pele dos
homens quase instantaneamente. A fina camada de sal que a água deixara em seus corpos fazia-os
parecerem completamente brancos. Ali não havia moluscos, peixes, algas, corais... naquele mar jamais
vogara um barco de pesca.
Não havia frutos do mar nem frutos da terra. Suas margens eram desoladas e nuas. As costas do mar e
as faces dos rochedos lá no alto, cobertas de enormes camadas de sal endurecido, brilhavam ao sol
como diamantes. A atmosfera estava saturada de cheiros acres e penetrantes. Cheirava a petróleo e
enxofre. Sobre as ondas flutuavam manchas oleosas de asfalto - a que a Bíblia chama betume (Gn 14.10).
Nem mesmo o azul brilhante do céu ou o sol forte conseguia dar vida a paisagem hostil.
Os barcos americanos cruzaram o mar Morto durante vinte e dois dias. Tomavam amostras de água,
analisavam-nas, e a sonda era lançada ao fundo continuamente. Verificaram que a foz do Jordão, no Mar
Morto, ficava trezentos e noventa e três metros abaixo do nível do mar! Se houvesse uma comunicação
com o Mediterrâneo, o Jordão e o lago de Genesaré, distante cento e cinco quilômetros,
desapareceriam. Um imenso mar interior se estenderia até as margens do lago Huleh!
"Quando uma tempestade irrompe naquela bacia de penhascos", observa Lynch; "as ondas golpeiam os
costados do barco como marteladas, mas o próprio peso da água faz com que em pouco tempo se
aplaquem, depois que o vento cessa."
Através do relatório da expedição, o mundo ficou sabendo pela primeira vez de dois fatos espantosos. O
mar Morto atinge quatrocentos metros de profundidade; o fundo do mar fica, portanto, cerca de
oitocentos metros abaixo da superfície do Mediterraneo.
A água do mar Morto contém cerca de trinta por cento de elementos componentes sólidos, a maior
parte constituída por cloreto de sódio, isto é, de sal de cozinha. Os oceanos contém apenas de quatro a
seis por cento de sal. Nessa bacia de setenta e seis quilômetros de comprimento por dezessete de
largura desembocam o Jordão e muitos rios menores. Sob o sol escaldante, evaporam-se, dia após dia,
oito milhões de metros cúbicos de água de sua superfície. As matérias químicas que esses rios conduzem
permanecem nessa bacia de mil duzentos e noventa e dois quilômetros quadrados de superfície.
A Procura de Sodoma e Gomorra
Só no começo deste século, com as escavações realizadas no resto da Palestina, foi despertado também
o interesse por Sodoma e Gomorra. Os exploradores dedicaram-se a procura das cidades desaparecidas
que nos tempos bíblicos estariam situados no vale de Sidim.
Na extremidade a sudeste do mar Morto, encontram-se os restos de uma grande povoação. Esse sítio
ainda hoje é chamado Segor. Os pesquisadores se regozijaram, pois Segor era uma das cinco cidades
ricas do vale de Sidim que se recusaram a pagar tributo aos quatro reis estrangeiros. Mas as escavações
experimentais realizadas trouxeram apenas decepção. Assim, há dúvidas ainda se Segor é o mesmo sítio
citado na Bíblia.
A verificação das ruínas descobertas revelou tratar-se de restos de uma cidade que floresceu no
princípio da Idade Média. Da antiga Segor do rei de Bala (Gn 14.2) e das capitais vizinhas não se
encontrou vestígio.
Entretanto, diversos indícios encontrados nos arredores da Segor medieval sugerem a existência de uma
povoação muito densa naquele país em época muito anterior.
Na costa oriental do mar Morto, estende-se mar adentro, como uma língua de tena, a península de El-
Lisan. Em árabe, "el-Lisan" significa "a língua".
A Bíblia menciona-a expressamente quando se refere a partilha do país depois da conquista. As
fronteiras da tribo de Judá são traçadas com precisão. Para isso Josué dá uma estranha característica a
fim de indicar os limites do sul: "O seu princípio é desde a ponta do mar salgado, e desde a língua que ele
forma, olhando para o meio-dia" (Js 15.2).
Uma narrativa romana refere-se a essa língua de terra numa história que sempre foi injustamente
considerada com grande ceticismo. Dois desertores fugiram para essa península. Os legionários que os
perseguiram procuraram-nos em vão por toda parte. Quando finalmente os avistaram, era tarde
demais. Os desertores já escalavam os altos rochedos da outra margem... Tinham atravessado o mar a
vau!
Evidentemente o mar naquela época era mais raso que hoje. Invisível, o fundo ali forma uma dobra
gigantesca que divide o mar em duas partes. A direita da península, desce a prumo até quase
quatrocentos metros de profundidade. À esquerda da península, o fundo é extraordinariamente raso.
Medições feitas nos últimos anos acusaram profundidades de quinze a vinte metros apenas.
O que disseram os geólogos
Os geólogos tiraram dessas descobertas e observações outra interpretação, que poderia explicar a causa
e fundamento da narrativa bíblica da aniquilação de Sodoma e Gomorra.
A expedição americana dirigida por Lynch foi a primeira que, em 1848, deu a notícia da grande descida
do Jordão em seu breve curso pela Palestina. O fato de, em sua queda, o leito do rio descer muito abaixo
do nível do mar é, como só pesquisas posteriores comprovaram, um fenômeno geológico singular. "É
possível que haja em algum outro planeta coisa semelhante ao que ocorre no vale do Jordão; no nosso
não existe", escreve o geólogo George Adam Smith em sua obra "A geografia histórica da Terra Santa".
"Nenhuma outra parte não submersa da nossa Terra fica mais de cem metros abaixo do nível do mar."
O vale do Jordão é apenas parte de uma fenda imensa na crosta da nossa Terra. Hoje já se conhece sua
extensão exata. Começa muitas centenas de quilômetros ao norte da fronteira da Palestina nas faldas
da montanha do Tauro, na Ásia Menor. Ao sul, vai desde a costa sul do mar Morto, atravessa o deserto
de Arábia até o golfo de Ácaba e só vai terminar do outro lado do mar Vermelho, na África. Em muitos
lugares dessa imensa depressão há vestígios de antiga atividade vulcânica. Nos montes da Galiléia, nos
planaltos da Jordânia oriental, nas margens do afluente Jabbok, no golfo de Ácaba, há basalto negro e
lava.
Será que Sodoma e Gomorra afundaram quando (acompanhado por terremotos e erupções vulcânicas)
um pedaço do chão do vale ruiu um pouco mais? E o mar Morto se alongou naquela época em direção ao
sul?
A ruptura da terra liberou as forças vulcânicas contidas há muito tempo nas profundezas da greta. Na
parte superior do vale do Jordão, junto a Basan, erguem-se ainda hoje as crateras de vulcões extintos, e
sobre o terreno calcário há grandes campos de lava e enormes camadas de basalto.
Desde tempos imemoriais, os territórios ao redor dessa depressão são sujeitos a terremotos.
Repetidamente temos notícia deles, e a própria Bíblia fala a respeito. Como para confirmar a teoria
geológica do desaparecimento de Sodoma e Gomorra, escreve textualmente o sacerdote fenício
Sanchuniathon em sua História antiga redescoberta: "O vale de Sidim" afundou e se transformou em
mar, sempre fumegante e sem peixe, exemplo de vingança e morte para os ímpios".
A destruição não foi causada por vulcões
Antes de mais nada, convém frisar que está fora de qualquer cogitação a hipótese segundo a qual a
depressão do rio Jordão teria se originado somente há uns quatro milênios, pois, conforme as pesquisas
mais recentes, a origem dessa depressão remontaria ao Oligoceno (Terciário, entre o Eoceno e o
Mioceno).
Portanto, neste caso é preciso calcular não em milhares, mas sim milhões de anos. Embora, em tempos
posteriores, fosse comprovada uma atividade vulcânica mais intensa, relacionada com a abertura da
depressão do rio Jordão, mesmo assim chegamos a parar no Plistoceno, encerrado há uns dez mil anos,
e ficamos longe do chamado "período dos patriarcas", convencionalmente datado no terceiro ou até
segundo milênio antes de Cristo. Ademais, justamente ao sul da península de Lisan, onde supostamente
teria acontecido o ocaso de Sodoma e Gomorra, perdem-se todos os vestígios de erupções vulcânicas.
Em outras palavras, naquela área as condições geológicas não permitem comprovar uma catástrofe
ocorrida em época geológica bem recente, que destruiu cidades e foi acompanhada por violentas
erupções vulcânicas.
A mulher de Ló virou estátua de sal
E a mulher de Ló, "tendo olhado para trás, ficou convertida em estátua de sal" (Gn 19.26).
Quanto mais nos aproximamos da extremidade sul do mar Morto, mais deserta e selvagem se torna a
região e mais sinistro e impressionante é o cenário das montanhas. Um eterno silêncio paira nos montes,
cujas vertentes escalavradas pendem a prumo sobre o mar, onde se reflete sua brancura cristalina. A
inaudita catástrofe deixou seu selo indelével de tristeza e desolação naquelas paragens. Raramente
passa por algum daqueles vales fundos e escarpados um grupo de nômades a caminho do interior.
Onde terminam as águas pesadas e oleosas, ao sul, termina também, bruscamente, o impressionante
cenário de rochedos, dando lugar a uma região pantanosa de água salgada. O solo avermelhado é
riscado por inúmeros ribeiros, perigosos para o viajante incauto. Essa baixada estende-se a grande
distância para o sul até o deserto vale de Araba, que chega até o mar Vermelho.
A oeste da costa sul, na direção do país do meio-dia bíblico, o Neguev, estende-se um espinhaço de
quarenta e cinco metros de altura e quinze quilômetros de comprimento na direção norte-sul. O sol,
batendo nas suas encostas, produz reflexos de diamante. É um estranho fenômeno da natureza. A maior
parte dessa pequena serra é constituída de puros cristais de sal. Os árabes chamam-Ihe Djebel Usdum,
nome antiquíssimo em que está contida a palavra "Sodoma". A chuva desloca numerosos blocos de sal
que rolam até a base. Esses blocos tem formas caprichosas e alguns deles são eretos como estátuas. As
vezes em seus contornos a gente pensa distinguir, de repente, formas humanas.
As estranhas estátuas de sal trazem logo a lembrança a história da Bíblia sobre a mulher de Ló, que foi
transformada em estátua de sal. E tudo o que está próximo ao mar salgado ainda hoje se cobre em
pouco tempo com uma crosta de sal.
Outros achados arqueológicos
Foi apenas recentemente que a escavação do Tell el-Mardikh, na Síria setentrional (ao sul de Alepo),
conduzida pelo cientista italiano Giovanni Pettinato, causou sensação. Ali, Pettinato achou Ebla, uma
cidade do terceiro milênio antes da era cristã, e a esse respeito foram três os fatos que causaram
espécie.
Primeiro, em tempos pré-históricos, existia ali uma civilização avançada, com uma estrutura social
altamente diferenciada para a época; segundo, Ebla possuía um rico arquivo de tabuinhas de barro.
Como costuma acontecer com todos esses arquivos, sua descoberta promete uma série de
conhecimentos novos, quando, por outro lado, tais noções recém-adquiridas bem poderiam abalar
algumas das doutrinas até então consideradas certas e garantidas. Recentemente, um colega alemão do
Prof. Pettinato comentou:
"Depois de estudados e explorados os textos, provavelmente poderemos esquecer os resultados
obtidos em todo um século de pesquisas do antigo Oriente". Contudo, a terceira e, no caso, a mais
importante sensação causada pela descoberta do Prof. Pettinato prende-se ao fato de os textos de Ebla
conterem nomes que nos são familiares pela leitura da Bíblia e, assim, aparecem no terceiro milênio
antes de Cristo!
Ali são mencionados tanto o nome de Abraão quanto os nomes das cidades pecadoras de Sodoma e
Gomorra, aniquiladas pelo fogo, de Adma e Zeboim, no mar Morto. Aliás, quanto a isso, há um certo
ceticismo entre alguns colegas do prof. Pettinato. Será que ele interpretou corretamente aqueles
textos? Sem dúvida, pois como já mencionamos em outro trecho, os nomes dos patriarcas foram
encontrados também em outros locais. Mas o que se deve pensar do fato de os nomes Sodoma e
Gomorra constarem de um arquivo encontrado na Síria, terceiro milênio antes de Cristo?
Assim será que essas cidades existiram de fato?
Ou será que sua tradição remonta a tempos remotos, a ponto de antecederem o início convencionado
para o "tempo dos patriarcas"?
Decerto, ainda levará muito tempo para se encontrar respostas a todas essas perguntas. Em geral, o
cientista não costuma ir à cata de sensações, e falta muito para reunirmos as condições necessárias para
avaliar, sem sombra de dúvida, quanto de realmente sensacional há na arqueologia bíblica do Tell el-
Mardikh descontado todo sensacionalismo
As chaves de Enoch
(trechos extraídos de Paul White)
"Nada é mais estranho do que a verdade"
O sacerdote-cientista Enoch, é um patriarca pré-diluviano, um dos personagens mais famosos do ciclo
anterior do tempo. Pai de Matusalém e avô de Noé, é creditado na Bíblia como arquiteto do Zion original
, a legendária "cidade de Yahweh".(gen 5:21 a 24)
Nota: É tradição que Enoch não tinha morrido , mas tenha sido levado por Deus para fora do mundo (sab
4,10, Hebr 11,5), como Elias ( 2R 2,3-12)
Os dados conhecidos desse patriarca fizeram dele um protótipo da piedade hebraica e seu nome
aparecerá como autor de numerosos apócrifos.
A Enoch é creditado também a invenção do alfabeto e do calendário e considerado o primeiro
astronauta da história por algumas escolas de mistério, que é "elevado ao senhor" e lhe mostrado "os
segredos da terra e do céu". Ele volta à terra com "pesos e medidas" para toda a humanidade.
Conhecido pelos egípcios como Thoth , o "Senhor da Magia e do tempo" e pelos gregos como Hermes ,
"mensageiro dos Deuses" , ele é mesmo lembrado na tradição Celta como nosso enigmático mago
Merlim , que desaparece em uma macieira para a mítica Avalon , buscando o segredo da imortalidade e
prometendo voltar.
Como aqueles que atingem a imortalidade , o segredo de como "podemos nos tornar como os Deuses",
Thoth/ Enoch prometem retornar no fim dos tempos "com as chaves dos portões das terras sagradas".
Nos Manuscritos do Mar Morto , revelando os livros apócrifos de Enoch removidos da Bíblia pelos iniciais
líderes religiosos, Enoch descreve uma maravilhosa civilização no passado que usou mal as chaves do
mais elevado conhecimento e foi incapaz de se salvar do último cataclisma. Ambos figurativa e
literalmente eles perderam "as chaves" , e todo o alto conhecimento. E ainda , Enoch, ao longo de
muitas tradições , mesmo a legenda Maia de Quetzacoatal, promete um retorno deste conhecimento no
"Fim do Tempo", o fim do presente ciclo de tempo.
As Revelações Bíblicas prometem que "tudo será revelado" no fim do presente mundo , descrevem não
apenas uma tecnologia avançada , mais um caminho evolucionário além do nosso estado presente.
Um cuidadoso exame dos sítios chave mundiais de pirâmides revelam que eles são sofisticadas
estruturas harmônicas, não somente espelhando as posições dos planetas e sistemas estelares, mas
destinados a representarem os pontos vitais (chakras) e cavidades harmônicas do corpo humano.
Mesmo cada pedra dentro da Grande Pirâmide é harmonicamente sintonizada a uma freqüência
específica ou tom musical.
O sarcófago no centro da Grande Pirâmide é sintonizado à freqüência do batimento cardíaco humano.
Surpreendentes experimentos , realizados pelo doutor Hurtak e seus colegas na Grande Pirâmide e em
outros sítios da América do Sul , demonstram que as pirâmides "computadores geofísicos" ativados pela
voz. Ao entrar específicos sons antigos, a equipe científica produziu ondas de luz visíveis acima e dentro
das pirâmides e foram capazes de penetrar desta forma em câmaras inacessíveis.
Descobertas subseqüentes indicam que os antigos cientistas – sacerdotes empregavam algum tipo de
tecnologia harmônica de som dentro das estruturas do templo. O conhecimento sobre Enoch revela a
língua mãe como uma "linguagem de ondas".
Conhecida pelos antigos como Hiburu , esta é a primária semente de linguagem, introduzida no início
deste ciclo de tempo. A pesquisa moderna confirma , a forma mais antiga de hebraico era uma
linguagem natural, as formas alfabéticas emergindo dos padrões de fosfato do cérebro. As mesmas
formas , de fato , nasceram de um vórtice giratório. Esta é uma verdadeira linguagem de ondas e luz ,
percorrendo nosso sistema nervoso. Codificando as geometrias naturais da forma onda do mundo físico,
Hiburu é uma linguagem harmônica mimetizando as propriedades da forma onda de luz.
As "chaves de Enoch" falam , mostram ser sons chave, chaves para serem a matriz vibratória da
própria realidade, omítico "Poder do Mundo". O conhecimento Enochiano descreve equações
sônicas , codificada dentro de antigos mantras e nomes de Deus , capazes de afetarem diretamente
o sistema nervoso e produzirem um efeito profundo de cura e estados de consciência elevada.
Como é declarado nos textos antigos, "se você deve falar com deuses você primeiro deve aprender a
linguagem dos deuses", DNA, a antiga cabalística "Árvore da Vida" retratada na Bíblica Torah , está
agora vindo a ser vista como uma estrutura vibrante viva , muito mais do que uma fita de registro
fixa.
Muitos cientistas modernos falam a respeito do DNA como uma configuração capaz de ser
modificada pela luz , radiação , campos magnéticos ou pulsos sônicos.
O legado de Thoth/Enoch sugere esta "Linguagem de Luz" a ciência harmônica dos antigos , pode
afetar o DNA.
A evidência no Egito , indica que este era o grande experimento genético de 6000 anos tentado
pelos egípcios, a busca da imortalidade e das estrelas , uma busca descrita pelos grandes da
antiguidade , uma busca iniciada por Gilgamesh a muito tempo atrás. Os egípcios não se fixavam no
após vida , como pensavam os iniciais tradutores cristãos mas, se concentravam em criar um tipo
mais elevado de humano. O conhecimento de Thoth/Enoch implica em que os humanos tinham a
intenção de evoluir além da presente forma terrestre , como nos ensina a Bíblia , "Nós podemos nos
tornar maiores que os anjos".
Nota: mesmo no NT há registros de natureza divina e angelical ( João 10:34 a 38 e Cor 13: 1)
Os egípcios registram histórias de "Caminhantes das estrelas" , indivíduos ocasionais que como
Enoch , viajaram "Além do Grande Olho de Orion" e voltaram , para andar como deuses entre os
homens".
Segundo muitas lendas da terra , estes seres supostamente retornam regularmente, no início e no
fim de cada ciclo, o ponto do meio de treze mil anos da nossa orbital zodiacal de vinte e seis mil anos
de nosso sistema solar.
Segundo o "Calendário em pedra" da Grande Pirâmide, que descreve o chamado "Ciclo Phoenix" de
nossa órbita galáctica, o presente período de tempo termina por esta época. A palavra grega
Phoenix , deriva da palavra PA-HANOK, significa , "A Casa de Enoch".

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